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SEGREDO 6 - Ferramentas

6.1 Reserva de espaço -silhueta
6.2 Três vistas - estudo
6.3 Por partes - organiza
6.4 Hierarquia - fluxo
6.5 Raio X - revela

6.6 Linhas paralelas

Ferramentas

        O uso de FERRAMENTAS para facilitar o trabalho é um recurso utilizado no PROCESSO e tem o objetivo de facilitar/ajudar na tarefa de desenhar, mas nem sempre todas elas são utilizadas em um desenho; o uso vai surgindo de acordo com a necessidade. 

1. Reserva de espaço

        Serve para começar um desenho. Ajuda no estudo do "layout", na criação da pose e ação de personagens e no posicionamento dos elementos que aparecerão dentro do formato, sem precisar dar importância aos detalhes. As formas devem ser simples e fáceis de fazer. Essa técnica chama-se RESERVA DE ESPAÇO.  O objetivo é usar a relação OBJ->ESPAÇO e OBJ->OUTROS OBJS para rascunhar objetos cujas formas finais ainda não precisam ser conhecidas. Esse procedimento ajuda a definir as bases iniciais do desenho. Só depois que o "layout"/pose/"gesture" estiver satisfatório é que se dá prosseguimento ao desenho.

reservaDeEspaco.png

2. Três vistas

        Para desenhar qualquer objeto é preciso antes conhecê-lo bem. Para isso utiliza-se a técnica chamada "Três vistas", onde o objeto ou conjunto de objetos é desenhado de FRENTE, de LADO e de TOPO, para que seus detalhes sejam analisados e compreendidos pelo desenhista, antes de desenhá-lo.

criandoCenas.png
porPartes.png

3. Por partes

        Para facilitar o trabalho, separe tudo por ordem de tamanho. Comece por desenhar objetos maiores e depois vá adicionando os menores. Assim você consegue focar na composição do conjunto. Essa regra vale para qualquer desenho: Desenho de poses e pessoas, expressão corporal, paisagens, o layout de uma página, etc. Tudo que você desenha tem uma ordem de construção. Separar cada objeto e trabalhar em um de cada vez facilita o entendimento do desenho, por mais complexo  que ele venha a ser depois de finalizado. Até mesmo uma partícula de textura pode ser separada em um objeto.

        Transforme uma visão/imagem/imaginação complexa em algo simples separando  tudo em partes menores. Construir e arranjar objetos mais simples enquanto se planeja, estrutura, organiza, compara, posiciona, é muito mais fácil do que trabalhar com vários objetos complexos ao mesmo tempo. Se você está se sentindo confuso ou não está compreendendo determinada estrutura ou objeto, separe em partes, começando pelo desenho de objetos mais simples e maiores indo para objetos menores mais complexos ou detalhados.

4. Hierarquia

        Além de separar os objetos, é importante compreender a ordem de criação dos mesmos. Essa observação serve para ajudar na composição de poses nos desenhos de pessoas, animais, máquinas etc. Quando seguimos uma hierarquia fica mais fácil construir objetos mais complexos, poses, composições e cenas.

Hierarquia.png

5. Linhas paralelas

        Compreenda que todos os objetos têm três dimensões, assim sendo, você vai agrupar as linhas que seguem em cada uma das dimensões. As linhas paralelas nas dimensões poderão ser retas ou curvas. Usar esse recurso exige que você compreenda a perspectiva e saiba que todo desenho está em perspectiva.

linhasParalelas.png

6. Raio X

        Saiba por onde todas as linhas passam, mesmo que não vá usar.
Fazer um raio X dos objetos ajuda a entendê-los e assim a, também, conhecer a composição de objetos mais complexos.

raioX.png

7. Simetria

        Outro ponto importante a se observar nos objetos é a presença ou não de uma simetria radiada. A linha média nos objetos simétricos são coincidentes.
       Observar essa característica permite desenhar objetos bem equilibrados e naturais, pois o cérebro humano busca sempre comparar os lados opostos nas figuras e objetos.

simetria.png

8. Sobreposição

        Quando um objeto é desenhado cobrindo parte de outro objeto isso indica que o objeto sobreposto está mais distante do observador. Dando, portanto a indicação de profundidade. Esta é uma excelente forma de comunicar distância. Relação Objeto-->Outros objetos.

sobreposicao.png

9. Limites

     Uma característica do desenho do cilindro é que quando este é desenhado paralelamente ao plano do papel, as linhas que formam seus topos aparecem totalmente retas. Mas, à medida que o cilindro é girado de maneira que um dos topos aponta para o observador, as linhas que formam seus topos vão ficando cada vez mais curvas até formarem arcos. Note também, que o cilindro vai ficando cada vez mais curto até tornar-se um círculo. Essas características nos ajudam a posicioná-lo corretamente no espaço.

limites.png

        Há uma característica no desenho da esfera que pode nos ajudar na hora de desenhá-la.
        Se colocarmos uma linha média e a olharmos de frente, ela aparentará como uma linha reta, e à medida que a esfera gira para um dos lados, a linha vai se tornando curva até tornar-se um arco.

limites.png

10. Elipses

        Prestem atenção como vocês estão desenhando elipses em volta dos seus objetos com formatos cilíndricos ou esféricos para não perder profundidade. É importante rascunhar a continuidade da elipse mesmo que depois ela não seja vista, para certificar-se de que está corretamente desenhada.

elipses2.png

11. Linha do horizonte

        Como o planeta terra é muito grande em relação ao tamanho do ser humano, este tem a percepção de que se está sobre um plano infinito. E a linha do horizonte é a linha do contorno desse imenso plano, que estende-se para muito longe a ponto de tudo que se vê, desaparecer.
Por isso geralmente usa-se linha do horizonte para o desenho de paisagens onde se representa o chão e tudo existente sobre ele. Mas lembre-se de que ao desenhar a linha do horizonte o desenhista está simplesmente traçando a parte superior do grande plano formado pelo objeto que é o planeta. A linha do horizonte nos ajuda a encontrar a posição dos objetos que estão sobre o plano(chão) e saber em que altura estão os olhos do observador.
         É importante ressaltar que nem todos os pontos de fuga estarão na linha do horizonte. Somente os pontos de fuga que desenham objetos posicionados sobre o plano do chão. Ou seja, os objetos que se relacionam com o objeto chão(Como por exemplo em paisagens).       

linhaHorizonte.png

12. Ponto de fuga

        Como os objetos aparentam diminuir de tamanho quando afastam-se do observador, ou seja, ¨FOGEM¨ para longe do observador, aparentando dirigir-se para um ponto no infinito, adotou-se o nome PONTO DE FUGA. Cada ponto de fuga serve para um objeto de cada vez, no entanto é possível usar um mesmo ponto de fuga quando os objetos estão alinhados. Como por exemplo, quando se desenha uma fileira de prédios numa cidade. O ponto de fuga nem sempre precisa estar na linha do horizonte. Pode ser colocado em qualquer lugar. Serve apenas para nos ajudar a simular como um objeto ou um grupo deles se modificam (deformam/diminuem) com a profundidade/distância. Entretanto, o ponto de fuga é apenas mais um dos vários recursos que fazem parte da simulação(perspectiva) 

pontoDefugaQualquerDirecao.png

Conclusão

Chegamos ao fim da apresentação dos SETE SEGREDOS do DESENHO.      

Na próxima página abordaremos o uso do aprendizado obtido no curso para a construção de qualquer desenho. Aproveite!

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